E bem clara a preocupação com os
fenômenos psíquicos no século vinte. A partir da década de 1930, é verificada
uma intensa preocupação na área, que se diversifica em varias abordagens, e
campos de atuação. Da então para se destacar que foi este o momento em que a
psicologia crava seus pés e firma-se como ciência.
Após a aprovação da lei N: 4.119/62 tendo sido a psicologia reconhecido
como profissão, são criado seus primeiros cursos regulares, por volta de 1968
concretizou a profissionalização da psicologia. A psicologia teve uma grande
força na educação, pois com seus conhecimentos se aflorando quase sempre eram
ela a “dona da verdade” e que ocupavam os cargos de destaque bem vistos na
sociedade da época.
Em 1906 foi criado o primeiro laboratório de psicologia no Brasil.
Planejado por Binet em Paris, e com a colaboração de Manoel Bonfim que foi o
dirigente deste centro por cerca de quinze anos. Bonfim considerava o psiquismo
como um fenômeno de caráter histórico-social, devendo ser estudado segundo o
método interpretativo, dando olhares à imensa obra humana, formada e forjada ao
longo da história.
As escolas normais foram também bases para o ensino de psicologia, e
continuavam sendo após os anos 30. Pois foram os alicerces para as cessões de
pedagogia das faculdades de filosofia, ciência, e letras. Nas quais a
psicologia se estabeleceu como matéria de ensino superior.
Como no século dezenove, as faculdades de medicina e os hospícios foram
os principais elaboradores das ideias psicológicas. Muitas dessas foram
adquirindo força e contorno. As quais qualificavam propriamente como
psicologia, mesmo estando se distanciando da medicina e se diferenciando das
estruturas estudadas, teve ela uma grande influencia nos estudos de processos
mentais.
Alguns hospícios da época também tentavam se dedicar aos estudos de
produção de conhecimentos em psicologia, principalmente com a instalação de
laboratórios. Num belo resumo podemos dizer que a medicina tal como no século
dezenove, continuou sendo um importante solo para o desenvolvimento da
psicologia, com a criação de laboratórios, cursos, encontros.
Dessa forma e possível dizer que a
psicologia nessa época ganhou espaço no interior da medicina, embora dela
começasse a se separar adquirindo contornos de ciência. Também podemos citar,
que a preocupação dos estudiosos da época estava relacionado à quantidade de
problemas psíquicos, que colocavam então a ciência na parede, e então eles eram
obrigados a estudar os processos mentais. Tais eram esses que os deixavam de
sem chão, pois os conhecimentos da medicina não eram bastante para
desvenda-los.
A aplicação da Psicologia aparece em seguida,
demonstrando que sua profissionalização vinha sendo gestada com a ampliação
cada vez maior de seu campo de atuação, abrangendo a educação, a aplicação à
organização do trabalho e à clínica. Podemos destacar que muitas das aplicações
à organização do trabalho e à clínica tiveram suas origens em conhecimentos,
práticas e demandas relacionadas à educação.
Muitos foram os trabalhos realizados em
educação, dentre os quais: as atividades realizadas no serviço de Psicologia
Aplicada do Instituto Pedagógico da Diretoria de Ensino de São Paulo, sob a
responsabilidade de Noemi Silveira; a fundação da Sociedade Pestalozzi de Minas
Gerais, em 1932, por Helena Antipoff, inaugurando o atendimento educacional aos
portadores de deficiências em escala mais ampla; a criação de uma “Escola para
Anormais” no sanatório de Recife, em 1936, por Ulysses Pernambucano; a fundação
do Inep, no qual foram implantadas seções de seleção e orientação profissional
e psicológica aplicada; a instalação da Clínica de Orientação Infantil/Seção de
Higiene Mental da Diretoria de Saúde Escolar da Secretaria de Educação de São
Paulo, por Durval Marcondes, e a Clínica de
Orientação Infantil do Rio de Janeiro, sob a responsabilidade de Arthur
Ramos, ambas em 1938. Houve, em 1940, a fundação da Fazenda do Rosário, por
Helena Antipoff, com a finalidade de educar crianças da zona rural, além de
crianças excepcionais e abandonadas; Com base num
método centrado na atividade espontânea da criança; em 1944, foi institucionalizado
o Departamento Nacional da Criança e fundada a Sociedade Pestalozzi do Brasil,
e ambas as instituições contaram com a participação ativa de Antipoff; em 1947,
foi criado o Instituto de Seleção e Orientação Profissional – Isop/FGV, que se
dedicava também à orientação educacional e profissional. Poppovic desenvolveu
trabalhos com “crianças abandonadas” no Abrigo Social de Menores da Secretaria
de Bem-Estar Social do Município de São Paulo, cabendo aos psicólogos também
colaborar no planejamento educacional; foi ela também a responsável, em 1953,
pela criação e a organização da Sociedade Pestalozzi em São Paulo; no Ippuc/SP,
sob a direção de Poppovic, realizaram-se serviços de medidas escolares,
pedagogia terapêutica e orientação psicopedagógica.
Muitas das atividades acima relatadas têm
interfaces explícitas com atuações no âmbito do trabalho e da clínica. Além
disso, muitas instituições estritamente educacionais desenvolviam trabalhos
relacionados à Psicologia.
Outro elemento que se mostra com clareza é o
número significativo de referências à aplicação da Psicologia na organização do
trabalho. Esse fato pode ser interpretado como relacionado ao desenvolvimento
do processo de industrialização do país, sobretudo num período em geral dominado
pela ideologia do Nacional-desenvolvimentismo, caracterizado pela intervenção
do estado na economia, com a meta de substituir importações. Esse fato, de
certa maneira, é confirmado pelos dados, pois muitas referências às aplicação
da Psicologia no trabalho ocorreram em instâncias do poder
público(principalmente pelo governo federal) ou sob sua influência.
Uma das figuras mais relevantes na aplicação
da Psicologia às questões do trabalho foi Roberto Mange, figura não apenas
pioneira, mas também um de seus maiores divulgadores e formadores de novos
quadros na área. Foi ele pioneiro no uso de testes para fins de seleção de
pessoal, com o trabalho realizado no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, na
década de 1920, utilizando-se dos testes de Giese. Realizou estudos e estendeu
para vários setores a aplicação da Psicologia, incluindo a implantação da área
no Idort(com a colaboração de Aniela Ginsberg e Betti Katzeinsten); criou o
Centro Ferroviário de Ensino e Seleção Profissional – CFESP, um dos centros de
difusão da Psicologia industrial; criou a comissão de Psicotécnica da
Associação Brasileira de Engenharia Ferroviária, assim como o Boletim de
Psicotécnica da referida associação, implantou o Serviço de Psicotécnica e
respectivo laboratório no Serviço Nacional da Indústria – Senai e no Serviço
Nacional do Comércio – Senac, neste último com a participação de Leon Walther.
Outra figura de particular importância foi
Emilio Mira y Lopez, que dirigiu o Isop/FGV, criado em 1947. Aí trabalharam
médicos, psicólogos e estatísticos, foram realizados exames de orientação
profissional e educacional, seleção de pessoal para empresas privadas e
públicas, além da produção de pesquisas e formação de especialistas na área.
Com a assessoria de Mira y Lopez, o trabalho desse instituto estendeu-se para
outros estados, como Bahia e Minas Gerais. Foi ele um produtivo profissional da
Psicologia, tendo publicado uma vasta obra escrita, participando de muitos
congressos, assessorias e consultorias, abrangendo não apenas o Brasil, mas
vários outros países da América e da Europa. Muitos dos trabalhos que Mira y
Lopez criou e implantou exercem ampla influência até hoje, como é o caso da
utilização do Psicodiagnóstico Miocinético – PMK, teste de sua autoria.
Os
dados demonstram uma preponderância de instituições públicas na base das
atividades desenvolvidas em Psicologia.
A maioria das referências no campo da
clínica situa-se mais no final do período, demonstrando que essa modalidade de
atuação é mais recente na História da Psicologia no Brasil.
Uma parte das realizações no campo da
clínica está relacionada à Medicina, sem que a Psicologia apareça de maneira
explícita como área autônoma de conhecimento; em outras palavras, sua presença
mais se aproxima da ideia de que ela é um aporte ou elemento subsidiário da
área médica. Nessa perspectiva dominada por médicos, podem ser destacadas as
seguintes realizações: em 1932, a Liga Brasileira de Higiene Mental propôs ao
Ministério da Educação e Saúde Pública a presença obrigatória de gabinetes de
Psicologia em clínicas psiquiátricas e, em 1936, foi criado o Laboratório de
Biologia Infantil, sob a direção de Leonídio Ribeiro, cujas finalidades eram
estudar os determinantes físicos e mentais da criminalidade juvenil e
desenvolver técnicas para seu tratamento. Muitas das primeiras realizações que
podem ser consideradas como eminentemente do campo da Psicologia clínica
tiveram sua origem em preocupações de natureza educacional.
No que se refere à pesquisa, a presença da
Educação é também bastante significativa, reforçando a tendência demonstrada em
outras modalidades da produção da Psicologia no Brasil. Nesse plano, podem ser
destacadas as seguintes instituições, as quais se dedicaram à pesquisa em Psicologia
Educacional: Instituto de Educação do Rio de Janeiro; Escola de Aperfeiçoamento
de Professores de Belo Horizonte; Isop de Recife; Laboratório de Psicologia
Educacional do Instituto de Educação Pedagógico de São Paulo; Núcleo de
Pesquisas Educacionais da Municipalidade, no Rio de Janeiro; Instituto Nacional
de Surdos-Mudos; Instituto de Educação de Porto Alegre; Escola Normal da Bahia
e Universidade da Bahia; Escolas Normais do Estado de São Paulo e Centros
Regionais de Pesquisas Educacionais – CRPE; que se somavam ao que se produzia
nas universidades, por suas cátedras de Psicologia.
Numa
perspectiva mais geral da Psicologia, podem ser lembrados o Instituto de
Psicologia, herdeiro do Laboratório da Colônia de Psicopatas do Engenho de
Dentro; o Instituto de Psicologia da PUC/SP; e a cátedra de Psicologia da seção
da Filosofia da FFCL da Universidade de São Paulo.
Em 1945, foi fundada a Sociedade de
Psicologia de São Paulo, por iniciativa de Annita Cabral e Otto Klineberg;
quatro anos depois, essa entidade começou a publicar seu Boletim de Psicologia.
Em 1949, foi criada a Associação Brasileira de Psicotécnica, que entregou ao
Ministério da Educação, em 1953, um memorial e um esboço de anteprojeto de lei
relativo à formação de psicólogos e à regulamentação da profissão; em 1957, o
memorial foi reapresentado ao referido Ministério, obtendo parecer favorável do
Conselho Nacional de Educação. Em 1952, foi fundada a Sociedade de Paulo Rorschach
de São Paulo. No ano de 1954, foram criadas, em São Paulo, a Associação
Brasileira de Psicologia. Em 1959, foi criada a Sociedade de Psicologia do Rio
Grande do Sul. Em 1960, a Associação Brasileira de Psicologia Aplicada, a
Sociedade de Psicologia de São Paulo e a Associação Brasileira de Psicólogos
criaram Comissões, que, reunidas, elaboraram um substitutivo ao projeto sobre
formação de psicólogos que tramitava na Câmara dos Deputados.
Merecem destaque também os seguintes
eventos: o I Congresso de Psicologia, realizado em Curitiba, em 1953,
organizado por Gabriel Munhoz da Rocha; no mesmo ano, realiza-se o Simpósio das
Faculdades de Filosofia do país, ocasião em que foi proposta a criação de
cursos de bacharelado, licenciatura d pós-graduação em Psicologia nestas
faculdades; em 1955, ocorre o I Seminário Latino-Americano de Psicotécnica e ,
em 1959, acontece o VI Congresso Interamericano de Psicologia, promovido pela
Sociedade Interamericana de Psicologia – SIP, sob a presidência de Emilio Mira
y Lopez.
A maior parte das referências relativas a
eventos e associações aparece com maior frequência no período que vai de 1953 a
1962, o que é demonstrativo do grau de amadurecimento que a Psicologia foi
conquistando ao longo do tempo no país, sobretudo porque tais dados são
indicativos de atividades de organização e sistematização, tanto na área de
conhecimento quanto da profissão.
No dia 27 de agosto considerado o dia do Psicólogo atualmente foi
instituído em 1962, quando foi aprovada a lei n. 4.119, que reconheceu a
profissão de psicólogo, acompanhada de uma emenda que disponibilizava o curso
superior de capacitação do profissional e fixava seu currículo mínimo. Esse
acontecimento, no entanto foi precedido, de uma grande e dura luta
principalmente pelo fato de que grandes partes dos médicos eram contra, a
principal reivindicação era a proibição ao exercício da psicoterapia sem a
graduação em medicina. Mesmo com a lei instituída esse problema não por ai,
algum tempo depois surgiram projetos criados pelos deputados Kassab e
Julianelli, que tentaram reaver a pratica clinica exclusivamente para os
médicos, deixando os psicólogos apenas como seu auxiliar e sob sua tutela; isso
gerou fortes reações da categoria, cuja organização conseguiu barrar o
prosseguimento dos referidos projetos. Vez ou outra, porem, esse problema
reaparece sobre diferentes formas.
No mesmo ano de 1962, pela Portaria n. 227, o Ministério da Educação
designou uma comissão de professores de Psicologia e de especialistas em
psicologia aplicada para apreciar a documentação dos candidatos ao registro
profissional de psicólogo, composta por Lourenço Filho (presidente) padre
Antonio Benko, Carolina M. Borí, Pedro Parafita Bessa e Enzo Azzi. Essa
comissão não deu inicio ás atividades, pois faltavam atos complementares da
Lei. Em 1963, a nova portaria garantiu as necessidades legais e os trabalhos
foram iniciados, mantendo-se os nomes da primeira comissão, com exceção de Enzo
Azzi, que foi substituído por Arrigo Angelini. Nesse ano, a comissão recebeu
1.511 pedidos para registro profissional; no ano seguinte cerca de quinhentos
pedidos foram ainda recebidos, em 1969, foi reaberto por mais sessenta dias o
prazo para tal solicitação. Os profissionais que receberam o registro por meio
dessa comissão constituem-se nos primeiros psicólogos legalmente reconhecidos,
cuja formação superior fora obtida principalmente em Pedagogia e Filosofia.
Nessa época, começou o período de ditadura militar, implantada a partir
do golpe do 31 de março de 1964, que trouxe, entre tantos desastres e
retrocessos a lei n. 5.540, mais conhecida como reforma universitária de 1968.
No contexto dessa reforma começaram a proliferar Instituições de Ensino
Superior – IES privadas no cenário da educação brasileira. Muitas dessas
instituições foram criadas em condições acadêmicas precárias, oferecendo cursos
que não necessariamente precisaria de grandes recursos financeiros.
Os cursos de Psicologia não eram propriamente investimentos de baixo
custo, mas dada a demanda de alunos, alguns artifícios poderiam ser utilizados
para garantir sua rentabilidade. Embora
tais cursos necessitassem de laboratórios, estes não se constituíam em problema
insolúvel, pois poderiam ser utilizados aqueles dos cursos de Biologia
(geralmente já contido na instituição) e os laboratórios de psicologia
experimental não eram caros, pois as suas instalações eram precárias, não
passando de “pequenos cubículos com Caixa de Skinner simples”. O problema maior
era o curso de Formação de Psicólogo é que deveria oferecer estágios
supervisionados, além de uma clinica escola, com supervisores experientes para
um numero reduzido de alunos.
Com tudo a psicologia ainda teve dificuldade de aceitação pelos
Pedagogos na atuação da psicologia escolar, nesse contexto, em que as criticas
vinham de todos os lados, muitos psicólogos chegaram a negar a possibilidade da
contribuição da psicologia dentro do aprendizado.
Apesar de todos esses problemas, e justamente em função deles, a
Psicologia conseguiu, nesse período, um desenvolvimento sem precedentes. Ainda
que permeada por criticas de varias espécies, a Psicologia estabeleceu-se como
profissão, ampliando gradativamente seu aspectro de ação e firmando-se como
possibilidade de resposta a inúmeros problemas, inicialmente em seus campos
tradicionais- educação, trabalho e clinica -, ensaiando e implantando mais
tarde novas modalidades de intervenção como foram a psicologia comunitária, a
psicologia hospitalar e a psicologia jurídica entre outras, que viriam a se
consolidar e ampliar sua capacidade de responder às demandas antes não
atendidas e a outras acarretadas por problemas sociais e emergenciais.
Os problemas enfrentados pela Psicologia podem ser ilustrados pelas
situações como precariedade da formação oferecida por muitos cursos de
graduação, dispariedade entre o numero de formados e o numero de profissionais
atuando na área, em contraposição à carência quantitativa e qualitativa de
atendimento às demandas pelo trabalho profissional do psicólogo. Ademais, havia
uma produção de conhecimento e de modalidades de ação com padrões de
excelência, caracterizado pelo desenvolvimento de muitos projetos e pesquisas
que pioneiramente apontavam para o potencial da Psicologia.
A defesa da Psicologia como ciência e como profissão foi gradativamente
ganhando contornos que superavam o corporativismo, buscando ampla participação
na categoria na discussão dos problemas que envolviam, mas que não poderiam ser
limitados à mera defesa de interesse. Sua compreensão implicava uma articulação
da realidade social.
A questão a ser enfrentada não era propriamente a defesa do mercado de
trabalho, mas a busca de respostas ás demandas sociais que se empunham. É
tarefa difícil ilustrar esse processo pois muitos são os grupos que para isso
contribuíram. É possível dizer que as críticas feitas à psicologia pela própria
psicologia foram os mais substanciais fatores para sua superação, o que pode
ser considerado pelo aumento quantitativo e qualitativo de sua produção
abrangendo a pesquisa, os campos de aplicação.
O texto deixa clara a preocupação com a
psicologia. Onde se busca arduamente explicações e matérias, onde possa se
encontrar melhorias na área. Podemos observar que muitos profissionais se engajaram
nesta busca, onde encontraram aspectos religiosos, psicológicos e educacionais.
Observa-se também que a educação teve um papel importantíssimo e privilegiado
nas publicações do período, com participação de vários autores. Também aumentou
os estudos sobre psicologia infantil.
As escolas normais eram importantíssimas a
aplicar nos seus ensinos essa disciplina. Em 1940 nasce o projeto para formação
de psicólogos. Em 1953 foi criada uma clinica psicológica e um curso de
especialização em psicologia clinica com duração de três anos. No Rio de
Janeiro o Instituto de Psicologia foi um dos pioneiros no ensino dessa
disciplina.
A
psicologia tornou-se referencia em muitos outros cursos superiores. Órgãos
governamentais patrocinaram cursos especiais de Psicologia. Foi grande a
expansão do ensino de psicologia no Brasil nesse período, o que demonstra o
prenuncio e a criação das bases para os futuros cursos dessa área, expressão da
formação profissional em bases institucionais legais.
A
partir dos anos 30 inicia-se o ensino formal de Psicologia em cursos
superiores, com destaque para as seções de Pedagogia e Filosofia das FFCL. Em
São Paulo, com a criação da USP em 1934, Lourenço Filho foi nomeado professor
de Psicologia; essa instituição criou, pouco mais tarde, na seção de Pedagogia,
a cátedra de Psicologia Educacional, incorporando o Laboratório de Psicologia
da Escola Normal de SP e nomeando Noemi Silveira sua primeira catedrática, que,
em 1954, seria sucedida por Arrigo Angelini. Em 1940 a FFCL começa a gestar um
projeto para formação de psicólogos. Em 1946 foi criada a Universidade Católica
de SP ano depois elevada a condição de Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo.
“A distribuição das referencias por
campo de atuação demonstra que, com exceção das produções psicológicas de
caráter geral, a Educação é o campo que apresenta a maior quantidade de
produção, mantendo de certa maneira a tendência já verificada no período
anterior, embora seja evidente a ampliação dos campos de atuação do psicólogo em
geral.”